Há seis eleições
consecutivas que apenas Rosado “briga” contra Rosado em Mossoró. Vem
desde 1998. Em 2010, a receita é a mesma, com duas bandas do clã se
digladiando. Em tese, não há como perder.
Nada é por acaso. Isso é resultado de uma estrutura de poder bem enraizada, desde o início do século XX.
No inconsciente coletivo ocorre uma
inclinação comum: o novo e desconhecido assustam. Somos, por natureza,
cautelosos e refratários à ousadia.
Mas a humanidade só avançou com o ímpeto
da minoria “louca”, pois do contrário ainda estaríamos vivendo em
cavernas e matando bicho com paus e pedras.
Na política impera o tradicionalismo,
como é conservadora a nossa mente. Para comprar um sapato ou cortar o
cabelo, costumamos ir aos mesmos lugares. Uma alteração de percurso é
algo raro e precisa de forte motivação, uma margem de segurança. Na
política também agimos assim.
Portanto, o que acontece em Mossoró não
deve ser visto como anomalia. A psicologia social e a sociologia
política explicam. Outras ciências acrescentam argumentos a essa tese.
Na dúvida, pró-Rosado.
Compreensível. Aceitável. Tem sido assim.
Texto de Carlos Santos
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